Aline da Conceição
Samuel Dias T. de Mesquisa
Simone de Souza Gonçalves
Estudante do Curso de Licenciatura em Pedagogia
Universidade Federal da Paraíba/Brasil
contribuições para o debate
Sabemos que no Brasil, a qualidade de ensino em qualquer nível da educação não é das melhores. No que diz respeito ao nível superior, vemos que há falhas em alguns aspectos como estrutura, conteúdos, ausência de professores, entre outros problemas existentes. Observamos que as instituições de ensino têm diferenças de uma para outra, principalmente entre as públicas e as privadas. Essa diferença é clara e visível em alguns aspectos que podemos citar como exemplo: a estrutura física, material didático, conteúdos programáticos, uso de pesquisas, etc. É provável que sempre existam diferenças entre as instituições de ensino superior, enquanto não houver investimentos e empenho dos governantes para melhorar a educação brasileira. Ou seja, infelizmente quem quer ter acesso ao nível superior precisará pagar para ter uma educação de qualidade.
Por muitos anos o ensino superior ficou restrito a quem pertencia a uma pequena parcela da sociedade que era da elite. Após muitas lutas, esse ensino passou a ser gratuito e com maior amplitude para toda a classe trabalhadora, ou seja, para todos os indivíduos da classe que não tinham condições favoráveis para cursar uma graduação. Somos um país que ainda precisa abrir os olhos para a situação atual da população que vive na classe excluída de direitos. Nosso país é um dos que mais arrecada com impostos que tem seu destino revertido para a necessidade que não são aquelas que transformam a vida de sujeitos através de necessidades básicas (saúde, moradia, qualidade de vida e, principalmente, educação).
O papel do governo, entre todas as discussões que já conhecemos, são das mais diversas ordens e direções no que se trata da educação. Portanto, o ideal seria que esse papel fosse de, no mínimo, garantir o acesso e permanência do indivíduo no processo de educação, não para minimizar os números das pesquisas que mostram as situações dos países desenvolvidos, mas pelo próprio compromisso do país em conceder aos cidadãos os direitos para sua sobrevivência dentro de um país que reforça a cada dia uma cultura letrada.
Acreditamos que momentos de debate são muito importantes não só para se denunciar, mas para termos interpretações diferentes dessa conjuntura que estamos vivendo. O momento nos cobra outras estratégias de resistência democrática, essa democracia que deve ser representada pela diversidade, através da voz e do olhar de todos. Redes sociais, mobilização nas ruas, produção de conhecimento e diálogos no cotidiano são algumas das ferramentas apresentadas, mas que não se estancam, pois a cada dia, novas formas de agir devem surgir da nossa própria vontade de lutar.